quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Platelmintos

Platelmintos

Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').

Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.

Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.

Entre os muitos exemplos de platelmintos podemos citar as planárias, as tênias e os esquistossomos.

As planárias

Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses platelmintos podem ser encontrados em córregos, lagos e lugares úmidos. Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros exemplos.

Na região anterior do corpo da planária localizam-se a cabeça e os órgãos dos sentidos: ocelos, estruturas capazes de detectar contrastes entre claro e escuro, mas que não formam imagens; órgãos auriculares, expansões laterais da cabeça capazes de perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o animal na localização do alimento.

O corpo é achatado dorsiventralmente e possui a boca localizada na região ventral do corpo. O intestino da planária é bastante ramificado e atua digerindo os alimentos e distribuindo para as demais partes do corpo.

A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino quanto masculino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas podem copular.

Após a troca de espermatozódes através dos poros genitais, os animais se separam e os ovos são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo, encerrado em cápsulas, desenvolve-se um embrião, que se transforma em uma jovem planária.

As planárias tem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira.














Doenças provocadas por platelmintos:



Teníase

A teníase é uma doença intestinal causada pela forma adulta das tênias. Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado. As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto. São altamente competitivas pelo hospedeiro e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.

Hospedeiros: Três tênias são importantes parasitas do intestino humano, sendo este o hospedeiro definitivo. A Taenia solium possui o porco como hospedeiro intermediário; a Taenia saginata possui o boi e a Diphyllobothrium latum que possui o peixe com hospedeiro e a doença pode ser denominada de Difilobotríase.

Contágio: Ingestão de carne mal cozida contendo as larvas (cisticercos) dos parasitas. Essas larvas são visíveis a olho nu como estruturas esbranquiçadas ou amareladas conhecidas como "canjicas" entre as fibras musculares.

Sintomas: Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.


Tratamento:
  • Tratar o homem doente.
  • Saneamento básico
  • Exigir que a carne seja inspecionada pelo SIF (Sistema de Inspeção Federal).
  • Não comer carne mal preparada, ou seja, mal cozida, frita ou assada.
  




Esquistossomose

A esquistossomose, barriga d´água ou bilharzíase é uma doença crônica causada por platelmintos parasitas e multicelulares do gênero Schistosoma. É a mais grave forma de parasitose por organismo multicelular, matando milhares de pessoas por ano. Chegou às Américas Central e do Sul provavelmente com os escravos africanos e ainda hoje atinge vários estados brasileiros, principalmente os do Nordeste.


Hospedeiros: O parasita realiza um ciclo de vida heteroxeno ou digenético, portanto, possuem dois hospedeiros: O homem como hospedeiro definitivo e o caramujo do gênero Biophalaria (planorbídeos) como hospedeiro intermediário. Esse moluscos prefere ambientes de águas com pouca correnteza.

Contágio: Ocorre quando as larvas cercárias livres nadantes entram na circulação humana através da pele.

Sintomas: A doença tem uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento. Na fase crônica, geralmente assintomática, episódios de diarreia podem alternar-se com períodos de obstipação (prisão de ventre) e a doença pode evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado (hepatomegalia) e cirrose, aumento do baço (esplenomegalia), hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago, e ascite ou barriga d’água, isto é, o abdômen fica dilatado e proeminente porque escapa plasma do sangue.


Agente etiológico: Um platelminto trematoda, o Schistosoma mansoni. Esses parasitas vivem formando casais nas veias ao redor do intestino, no sistema porta hepático e no fígado do homem. Esses parasitas podem vivar cerca de 30 anos e cada fêmea pode liberar todos os dias cerca de 300 ovos.

Ciclo de vida simplificado


1. Os parasitas se reproduzem e seus ovos devido as espinho que possui, cai na corrente sanguínea.
2. Os ovos são liberados junto com as fezes humanas.
3. No ambiente aquático, os ovos liberam a larva miracídio.
4. A larva miracídio entra no caramujo e se reproduz (pedogênese) produzindo cercárias.
5. As cercárias são liberadas na água e entram na circulação humana através da pele.
6. Os indivíduos isolados foram casais no fígado.


NOTA: o miracídio perde os cílios para entrar no caramujo e as cercárias perdem a cauda para entrar no homem.


 

Cisticercose

A cisticercose é a doença provocada nos hospedeiros intermediários da teníase (porco, boi ou peixe). No homem é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium, portanto, o homem fica como se fosse um hospedeiro intermediário (faz o papel do porco). Como a carne humana não é consumida, o ciclo não se completa.

Contágio: Ingestão dos ovos da Taenia solium.

Sintomas: Podem ocorrer meses ou até mesmo anos depois de ter consumido os ovos. Dentre eles podemos citar: dores de cabeça frequentes, convulsões, transtornos de visão, alterações psiquiátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas. Pode-se suspeitar de neurocisticercose em casos de epilepsia tardia.


 
Mapa conceitual:




Artigo:

http://www.cartacapital.com.br/saude/fiocruz-anuncia-a-criacao-da-vacina-contra-a-esquistossomose



Link da vídeo aula:

http://www.youtube.com/watch?v=6Hf3mcDe2FA


Fontes:
http://www.grupoescolar.com/
http://www.infoescola.com/
http://www.sobiologia.com.br/

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