sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Neurotransmissores

Neurotransmissores e a Depressão


         A depressão é um transtorno afetivo que afeta 30% da população mundial (aproximadamente). Alguns estudos provam que a depressão tem uma tendência familiar, mas não é claro como essa transmissão genética é feita. Ela pode ser causada por fatores sociais, por outro lado, como a vulnerabilidade das classes sociais baixas, as relações interpessoais pobres, o desemprego, uma perda familiar importante ou um acontecimento traumático podem também estar na sua origem.
Sabemos hoje que ela é causada por um defeito nos seguintes neurotransmissores: noradrenalina, serotonina e dopamina. Durante a depressão vai acontecendo uma queda ou falta de liberação desses neurotransmissores, com isso a pessoa vai perdendo o prazer em tudo, começa a ter insônia, aumenta a fadiga, muda totalmente o apetite, a pessoa perde até a vontade de se relacionar sexualmente.
Como uma pessoa com depressão não tem a quantidade de noradrenalina e serotonina suficiente para fazer a ligação com os neurônios deve começar o tratamento com antidepressivos que aumenta a disponibilidade das duas substancias no cérebro até chegarem ao nível normal de produção.
Quando a pessoa com não aceita que tem depressão e nem procura por ajuda médica pode chegar a cometer suicídio.





Endorfina


Sua denominação se origina das palavras endo (interno) e morfina (analgésico). É produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise durante e depois de fazer atividade física. A endorfina tem uma potente ação analgésica e ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar, conforto, melhor estado de humor e alegria, êxtase e euforia.
Algumas pessoas são “viciadas” em exercícios físicos. Isso porque algumas atividades liberam uma quantidade maior de endorfina causando essa dependência. Muitas pessoas se sentem irritadas, ansiosas, depressivas e com péssimo humor quando deixam de fazer exercícios físicos.
A endorfina é produzida na hipófise e liberada para o sangue juntamente com outros hormônios como o GH (hormônio do crescimento) e o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que estimula a produção de adrenalina e cortisol. A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela concentração de endorfina no sangue.

Serotonina

A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais.

Sintomas da serotonina baixa

A baixa concentração de serotonina no organismo pode levar ao aparecimento de sintomas como:
  • Mau humor de manhã
  • Sonolência durante o dia
  • inibição do desejo sexual;
  • Vontade de comer doces
  • Comer a toda hora
  • Dificuldade no aprendizado
  • Distúrbios de memória e de concentração
  • Irritabilidade
  • Cansaço
  • Ficar sem paciência facilmente.

Alimentos para aumentar a serotonina

Alguns alimentos ricos em triptofano, que servem para aumentar a taxa de serotonina no organismo, são:
  • Chocolate preto
  • Vinho tinto
  • Banana
  • Abacaxi
  • Tomate
  • Carnes magras
  • Leite e seus derivados
  • Cereais integrais
  • Castanha do Pará









Neurotransmissores (Dopamina)



Dopamina é um neurotransmissor produzido no sistema nervoso central e na medula das glândulas adrenais, liberada pelo hipotálamo como uma neurohormônio, que tem importante função no cérebro, tais relacionado: ao comportamento e à cognição, à sensação de motivação, ao sono, ao humor, à atenção, ao aprendizado, à inibição da produção de prolactina, ao controle do vômito, à dor entre outros .  Atua como neurotransmissor na ativação dos receptores de dopamina (D1, D2, D3, D4 e D5) sendo que sua inativação é feita por recaptacão neuronal que é a reabsorção do neurotransmissor por proteínas de membrana, também na quebra enzimática

Do estímulo à emoção
A dopamina faz a ponte dos sinais de bem-estar ao córtex cerebral

1 - Substância negra; 2 - Cérebro; 3 - Córtex cerebral; 4 - Neurônios; 5 - Eixo de neurônios; 6 - Moléculas de dopamina
1 - Produção
Quando alguém passa por situações positivas ou desejadas, é estimulada a produção de uma substância chamada dopamina na região do cérebro conhecida como substância negra
2 - Armazenamento
Nos terminais de alguns neurônios, a dopamina é depositada em pequenas vesículas
3 - Liberação
Para transportar sinais elétricos gerados pelo estímulo, as vesículas liberam a dopamina para outros neurônios, estabelecendo ligações, as chamadas sinapses
4 - Felicidade
Levados até o córtex cerebral, os impulsos elétricos transformam-se em sensação de bem-estar

Vias Dopaminérgicas

 Existem 8 vias dopaminérgicas, que são de transmissoras da dopamina de um lado para o outro do cérebro . As 4 mais importantes são :

- Via mesolímbica:  transmite dopamina da área tegmental ventral para o sistema límbico por meio do nucleus accumbens, estando relacionada ao sistema de recompensa e à memória;

-  Via mesocortical: transmite dopamina da ára tegmental ventral para o córtex frontal, a hiperatividade dessa via está relacionada a alucinações e delírios psicóticos;

- Via nigro-estriatal: transmite dopamina dasubstantia nigra  para o striatum, essa via está relacionada ao controle motor;

- Via tuberoinfundibular: transmite dopamina do hipotálamo para a glândula pituitária, influencia a secreção de alguns hormônios.( Na depressão pós-parto ocorre diminuição da dopamina.)

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*Após ler o livro The Willpower Instinct, Erico aprendeu a técnica de agregar prazer a uma atividade indesejada, como os exercícios físicos, com uma estimulação consciente da produção de dopamina. Neste vídeo, Erico Rocha fala sobre como tornar uma atividade necessária, e muitas vezes indesejada, em algo prazeroso. Acompanhe o texto e veja como ser uma pessoa motivada.


  

   Neurotransmissores (Paixão)          

                                          

Existe uma bioquímica do amor: um sentimento que é controlado por uma série de neurotransmissores que atuam nos deixando as sensações de confiança, crença, prazer e recompensa. Ou seja, nos deixando apaixonados.  A antropóloga Helen Fisher, propôs a existência de três fases desse sentimento, cada uma delas com suas características químicas e emocionais próprias.

1ª A fase do desejo,
2ª A fase da paixão (E é nessa altura que perdemos o apetite, sentimos o coração palpitar e as borboletas no estomago. Nessa época, o outro se torna quase que uma obsessão.)
Três neurotransmissores têm maior relação com essa fase de paixão que são: a norepinefrina, a serotonina e a dopamina.
-A norepinefrina: é um estimulante natural do cérebro, responsável pelos sentimentos de exaltação e euforia que temos quando estamos apaixonados .
- A serotonina: têm sua ação nos apaixonados por estar em falta. Quando nos encontramos com baixos níveis desse neurotransmissor tendemos a ficar obcecados, a ter uma espécie de fixação no ser amado. Monitorando os níveis de serotonina de portadores de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), percebe-se que estes são muito semelhantes aos níveis que se encontra em pessoas apaixonadas.
-A dopamina: é encontrado principalmente em casais recém-apaixonados, e é importante no mecanismo de desejo e recompensa. Deduz-se então que os efeitos do amor no cérebro são análogos aos efeitos da cocaína.
*Essa composição química do que chamamos de paixão pode nos deixar viciados: os seus dependentes tendem a saltar de romance em romance, abandonando seus parceiros assim que o cocktail químico inicial desvanece. E pior ainda, os que insistem em continuar com o mesmo parceiro tendem a buscar a dose extra de excitação em relacionamentos  extraconjugais.
3ª A fase de ligação

A ACETILCOLINA




Quando a acetilcolina é liberada dos seus neurônios, ela pode ligar-se a um de dois tipos principais de receptores – o nicotínico e o muscarínico. Os receptores nicotínico são ionotrópicos. Como com os receptores de glutamato AMPA/Cainato, quando a acetilcolina liga-se a eles, é aberto um canal de íons que, finalmente, leva a um potencial de ação. Os receptores nicotínicos são encontrados nos músculos e podem também ativar potenciais de ação no cérebro. No cérebro e no sistema nervoso autônomo, ela também liga-se aos receptores muscarínicos que são metabotrópicos.

Este neurotransmissor é liberado por:

Todas as fibras pré-granglionares no sistema nervoso autônomo e aquelas da medula da adrenal;
Fibras pós-ganglionares parassimpáticas que se dirigem para o órgão efetor;
Algumas fibras simpáticas de vasos em músculos esqueléticos.

Acredita-se que a ACh seja liberada nas placas motoras terminais das junções neuromusculares, em quantidades constantes, ou vesículas. Quando o potencial de ação alcança a terminação nervosa motora, há liberação sincrônica de 100 ou mais vesículas de ACh. A despolarização de uma terminação nervosa possibilita o influxo de cálcio através de canais voltagem-sensíveis. Este influxo de cálcio facilita a fusão da membrana vesicular com a membrana plasmática da terminação nervosa, resultando na extrusão do conteúdo das vesículas.

No sistema cardiovascular, a ACh é responsável por:

·         Vasodilatação;
·         Redução da freqüência cardíaca;
·         Diminuição da força de contração cardíaca;
·         Queda da condução nervosa no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular.

Na mente, a ACh desempenha um importante papel nas funções cognitivas, como, por exemplo, a aprendizagem.
No aparelho respiratório, a ACh é responsável por provocar fechamento do esfíncter pós-capilar, resultando no enchimento dos sinusóides venosos e extravasamento de líquidos, aumentando o volume da submucosa e vasodilatação. Também é responsável por ativar as glândulas serosas, levando a exacerbação das secreções e conseqüente rinorréia.

Os inibidores dos receptores de ACh, como, por exemplo, a atropina, causam relaxamento na musculatura e outros efeitos, devendo ser utilizado com cautela.
A ACh também é responsável por causar os seguintes efeitos no organismo: broncoconstrição, dilatação de esfíncteres no trato gastrointestinal, sudorese, aumento da salivação e miose.

Fontes:



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