Neurotransmissores e a Depressão
A depressão
é um transtorno afetivo que afeta 30% da população mundial (aproximadamente).
Alguns estudos provam que a depressão tem uma tendência familiar, mas não é
claro como essa transmissão genética é feita. Ela pode ser causada por fatores sociais, por outro lado, como a
vulnerabilidade das classes sociais baixas, as relações interpessoais pobres, o
desemprego, uma perda familiar importante ou um acontecimento traumático podem
também estar na sua origem.
Sabemos hoje que ela é causada por um
defeito nos seguintes neurotransmissores: noradrenalina, serotonina e dopamina.
Durante a depressão vai acontecendo uma queda ou falta de liberação desses
neurotransmissores, com isso a pessoa vai perdendo o prazer em tudo, começa a
ter insônia, aumenta a fadiga, muda totalmente o apetite, a pessoa perde até a
vontade de se relacionar sexualmente.
Como uma pessoa com depressão não tem a
quantidade de noradrenalina e serotonina suficiente para fazer a ligação com os
neurônios deve começar o tratamento com antidepressivos que aumenta a
disponibilidade das duas substancias no cérebro até chegarem ao nível normal de
produção.
Quando a pessoa com não aceita que tem
depressão e nem procura por ajuda médica pode chegar a cometer suicídio.
Endorfina
Sua denominação se origina das palavras endo (interno) e
morfina (analgésico). É produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise
durante e depois de fazer atividade física. A endorfina tem uma potente ação
analgésica e ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar, conforto, melhor
estado de humor e alegria, êxtase e euforia.
Algumas pessoas são “viciadas” em exercícios físicos.
Isso porque algumas atividades liberam uma quantidade maior de endorfina
causando essa dependência. Muitas pessoas se sentem irritadas, ansiosas,
depressivas e com péssimo humor quando deixam de fazer exercícios físicos.
A endorfina é produzida na hipófise e liberada para o
sangue juntamente com outros hormônios como o GH (hormônio do crescimento) e o
ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que estimula a produção de adrenalina e
cortisol. A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela
concentração de endorfina no sangue.
Serotonina
A
serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono,
apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos
e as funções intelectuais.
Sintomas da serotonina baixa
- Mau humor de manhã
- Sonolência durante o dia
- inibição do desejo sexual;
- Vontade de comer doces
- Comer a toda hora
- Dificuldade no aprendizado
- Distúrbios de memória e de concentração
- Irritabilidade
- Cansaço
- Ficar sem paciência facilmente.
Alimentos para aumentar a serotonina
Alguns alimentos
ricos em triptofano, que servem para aumentar a taxa de serotonina no
organismo, são:
- Chocolate preto
- Vinho tinto
- Banana
- Abacaxi
- Tomate
- Carnes magras
- Leite e seus derivados
- Cereais integrais
- Castanha do Pará
Neurotransmissores (Dopamina)
Dopamina é um neurotransmissor produzido
no sistema nervoso central e na medula das glândulas adrenais, liberada pelo
hipotálamo como uma neurohormônio, que tem importante função no cérebro, tais relacionado:
ao comportamento e à cognição, à sensação de motivação, ao sono, ao humor, à
atenção, ao aprendizado, à inibição da produção de prolactina, ao controle do
vômito, à dor entre outros . Atua como
neurotransmissor na ativação dos receptores de dopamina (D1, D2, D3, D4 e D5)
sendo que sua inativação é feita por recaptacão neuronal que é a reabsorção do
neurotransmissor por proteínas de membrana, também na quebra enzimática
Do estímulo à
emoção
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A dopamina faz a ponte dos sinais de bem-estar ao córtex cerebral
1 - Produção
Quando alguém passa por situações positivas ou desejadas, é estimulada a produção de uma substância chamada dopamina na região do cérebro conhecida como substância negra
2 - Armazenamento
Nos terminais de alguns neurônios, a dopamina é depositada em pequenas vesículas
3 - Liberação
Para transportar sinais elétricos gerados pelo estímulo, as vesículas liberam a dopamina para outros neurônios, estabelecendo ligações, as chamadas sinapses
4 - Felicidade
Levados até o córtex cerebral, os impulsos elétricos transformam-se em sensação de bem-estar |
Vias Dopaminérgicas
Existem 8 vias dopaminérgicas, que são de
transmissoras da dopamina de um lado para o outro do cérebro . As 4 mais
importantes são :
- Via mesolímbica: transmite dopamina
da área tegmental ventral para o sistema límbico por meio do nucleus accumbens,
estando relacionada ao sistema de recompensa e à memória;
- Via mesocortical: transmite dopamina da ára tegmental ventral para o córtex
frontal, a hiperatividade dessa via está relacionada a alucinações e delírios
psicóticos;
- Via nigro-estriatal: transmite dopamina dasubstantia nigra para o striatum, essa via está relacionada ao controle motor;
- Via tuberoinfundibular: transmite dopamina do hipotálamo para a glândula pituitária, influencia a secreção de alguns hormônios.( Na depressão pós-parto ocorre diminuição da dopamina.)
- Via nigro-estriatal: transmite dopamina dasubstantia nigra para o striatum, essa via está relacionada ao controle motor;
- Via tuberoinfundibular: transmite dopamina do hipotálamo para a glândula pituitária, influencia a secreção de alguns hormônios.( Na depressão pós-parto ocorre diminuição da dopamina.)
*Após ler o livro The Willpower Instinct,
Erico aprendeu a técnica de agregar prazer a uma atividade indesejada, como os
exercícios físicos, com uma estimulação consciente da produção de dopamina. Neste
vídeo, Erico Rocha fala sobre como tornar uma atividade necessária, e muitas
vezes indesejada, em algo prazeroso. Acompanhe o texto e veja como ser uma
pessoa motivada.
Neurotransmissores (Paixão)
Existe uma
bioquímica do amor: um sentimento que é controlado por uma série de
neurotransmissores que atuam nos deixando as sensações de confiança, crença,
prazer e recompensa. Ou seja, nos deixando apaixonados. A antropóloga Helen Fisher, propôs a
existência de três fases desse sentimento, cada uma delas com suas
características químicas e emocionais próprias.
1ª A fase do
desejo,
2ª A fase da
paixão (E é nessa altura que perdemos o apetite, sentimos o coração palpitar e
as borboletas no estomago. Nessa época, o outro se torna quase que uma
obsessão.)
Três
neurotransmissores têm maior relação com essa fase de paixão que são: a
norepinefrina, a serotonina e a dopamina.
-A
norepinefrina: é um estimulante natural do cérebro, responsável pelos
sentimentos de exaltação e euforia que temos quando estamos apaixonados .
- A
serotonina: têm sua ação nos apaixonados por estar em falta. Quando nos
encontramos com baixos níveis desse neurotransmissor tendemos a ficar
obcecados, a ter uma espécie de fixação no ser amado. Monitorando os níveis de
serotonina de portadores de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), percebe-se
que estes são muito semelhantes aos níveis que se encontra em pessoas apaixonadas.
-A dopamina:
é encontrado principalmente em casais recém-apaixonados, e é importante no
mecanismo de desejo e recompensa. Deduz-se então que os efeitos do amor no
cérebro são análogos aos efeitos da cocaína.
*Essa
composição química do que chamamos de paixão pode nos deixar viciados: os seus
dependentes tendem a saltar de romance em romance, abandonando seus parceiros
assim que o cocktail químico inicial desvanece. E pior ainda, os que insistem
em continuar com o mesmo parceiro tendem a buscar a dose extra de excitação em
relacionamentos extraconjugais.
3ª A fase de
ligação
A ACETILCOLINA
Quando
a acetilcolina é liberada dos seus neurônios, ela pode ligar-se a um de dois
tipos principais de receptores – o nicotínico e o muscarínico. Os receptores nicotínico
são ionotrópicos. Como com os receptores de glutamato AMPA/Cainato, quando a
acetilcolina liga-se a eles, é aberto um canal de íons que, finalmente, leva a
um potencial de ação. Os receptores nicotínicos são encontrados nos músculos e
podem também ativar potenciais de ação no cérebro. No cérebro e no sistema
nervoso autônomo, ela também liga-se aos receptores muscarínicos que são
metabotrópicos.
Este
neurotransmissor é liberado por:
Todas
as fibras pré-granglionares no sistema nervoso autônomo e aquelas da medula da
adrenal;
Fibras
pós-ganglionares parassimpáticas que se dirigem para o órgão efetor;
Algumas
fibras simpáticas de vasos em músculos esqueléticos.
Acredita-se
que a ACh seja liberada nas placas motoras terminais das junções
neuromusculares, em quantidades constantes, ou vesículas. Quando o potencial de
ação alcança a terminação nervosa motora, há liberação sincrônica de 100 ou
mais vesículas de ACh. A despolarização de uma terminação nervosa possibilita o
influxo de cálcio através de canais voltagem-sensíveis. Este influxo de cálcio
facilita a fusão da membrana vesicular com a membrana plasmática da terminação
nervosa, resultando na extrusão do conteúdo das vesículas.
No sistema
cardiovascular, a ACh é responsável por:
·
Vasodilatação;
·
Redução
da freqüência cardíaca;
·
Diminuição
da força de contração cardíaca;
·
Queda
da condução nervosa no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular.
Na mente, a
ACh desempenha um importante papel nas funções cognitivas, como, por exemplo, a
aprendizagem.
No aparelho
respiratório, a ACh é responsável por provocar fechamento do esfíncter
pós-capilar, resultando no enchimento dos sinusóides venosos e extravasamento
de líquidos, aumentando o volume da submucosa e vasodilatação. Também é
responsável por ativar as glândulas serosas, levando a exacerbação das
secreções e conseqüente rinorréia.
Os
inibidores dos receptores de ACh, como, por exemplo, a atropina, causam
relaxamento na musculatura e outros efeitos, devendo ser utilizado com cautela.
A ACh
também é responsável por causar os seguintes efeitos no organismo:
broncoconstrição, dilatação de esfíncteres no trato gastrointestinal, sudorese,
aumento da salivação e miose.
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